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Foto do escritorRafael Bernardino

Coffee Connect: mercado internacional e os desafios da cafeicultura brasileira estiveram em pauta



Os cafeicultores são os verdadeiros protagonistas da sustentabilidade no setor, desempenhando um papel ambiental, social e econômico importante, especialmente diante das novas exigências regulatórias. Este tema foi discutido durante a primeira etapa do evento Coffee Connect, realizado em Varginha/MG. 


Marcos Matos, CEO do Cecafé, liderou essa discussão durante sua participação na primeira etapa do evento, abordando temas importantes relacionados à sustentabilidade na cafeicultura. Durante o painel, Marcos destacou o papel fundamental dos cafeicultores diante das novas legislações internacionais.





“O produtor tem que entender que nesse cenário ele também tem a vencer, pois acessar os mais diversos mercados é muito importante, e as novas leis vêm em um mercado mais maduro, com mais níveis de sustentabilidade e exigências de questões sociais. Além disso, o Brasil é um país transparente, tem sua estatística muito consolidada e programas voltados ao produtor”, explicou Marcos.


O Código Florestal, já implantado no Brasil, também foi abordado, no qual todos os produtores estão geolocalizados e preparados para cumprir, porém sempre questionando as leis com um receio em relação às negociações bilaterais e unilaterais, onde os interesses do país de origem frequentemente ficam em segundo plano.


Embora, comparado com outros países, o Brasil esteja à frente, só o Código Florestal levou 12 anos para ser implementado, o que demonstra a complexidade do processo. “Quando a lei foi criada, superestimaram as tecnologias e subestimaram a complexidade da cadeia, então o Brasil, como todos os países, têm uma complexidade muito grande, então os 265 mil produtores no Brasil, sendo que cada contêiner que nós importamos tem em média 150 produtores, claro que impõe desafios. Porque a rastreabilidade, embora não seja algo novo, precisamos criar uma cultura de rastreabilidade no país.”


Sobre o mercado, Marcos explicou que o Brasil, com safras melhores, consegue expandir sua presença em todos os mercados, tanto tradicionais quanto emergentes. Isso oferece uma oportunidade valiosa para os produtores agregarem valor ao seu produto por meio do reconhecimento da sustentabilidade brasileira.


Com a discussão, fica clara a ideia de que a sustentabilidade é essencial para o futuro da cafeicultura. Ao reconhecer os desafios e buscar soluções inovadoras, os cafeicultores podem não apenas garantir sua própria competitividade, mas também contribuir para um setor mais sustentável e próspero globalmente.


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